sábado, 22 de setembro de 2012

Mãe de menino com pé gigante teme que filho sofra bullying na escola

“Tenho medo que coloquem apelidos nele”, diz Vanessa da Silva Aos dois anos de idade, Renan calça o mesmo sapato que o irmão de cinco anos. Vanessa Olímpia da Silva, mãe de quatro filhos, está preocupada com o futuro do filho mais novo, Renan. Aos dois anos, o menino calça sapatos número 29, mesmo tamanho que o do irmão de cinco anos. A criança sofre de gigantismo, que é a produção em excesso do hormônio do crescimento, e sindactilia, união de dois ou mais dedos dos pés ou das mãos. Ela teme que o filho seja motivo de piada quando for para a escola. A mãe de Renan explica que, quando sai com o filho na rua, percebe olhares curiosos, de desprezo e até preconceituosos. Ela afirma que o filho é uma criança normal e muito feliz. — Ainda não coloquei o Renan na creche porque não sei se as pessoas vão ter paciência para cuidar dele, como colocar o sapato com cuidado. Nem sei o que vou fazer quando for a época de levá-lo à escola, porque tenho medo que coloquem apelidos nele. Vanessa descobriu que havia algo diferente nos pés de Renan no dia seguinte ao nascimento do filho, quando foi dar o primeiro banho. Ela disse que o médico não tinha mencionado nenhum problema durante o pré-natal. Segundo Vanessa, Renan não tem dificuldades para andar tampouco de equilíbrio. Contudo, ela ainda procura tratamento adequado para o filho. Pé gigante não deve parar de crescer A diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Rio de Janeiro, Flávia Conceição, afirmou que o pé do menino Renan não deve parar de crescer. Após assistir à reportagem da Rede Record, a especialista afirmou que o caso deve ser acompanhado por um pediatra e por um endocrinologista. Confira também Bebê com braço gigante morre aos 6 meses no Rio...Para Flávia Conceição, Renan tem uma alteração nos pés chamada de macrobactilia, que é o aumento dos dedos. Trata-se de uma síndrome congênita que provoca crescimento acelerado da criança nos primeiros anos de vida. Chama-se Síndrome de Proteus, mas não se sabe o que a causa. — O tratamento é baseado nas alterações que a pessoa apresenta. Se começar a incomodar muito, é tratamento cirúrgico. Não há nada que se possa fazer para diminuir a alteração, nem medicação. Há casos em que, se o pé fica muito grande e isso interfere na atividade diária da criança, poderia ser até um caso de amputação. No caso da sindactilia [dedos colados], ele deve procurar um cirurgião. A médica também alertou que existe risco de desenvolvimento de tumores benignos, alterações de vísceras ou da pele, como aparecimento de manchas, ou alteração cardíaca.

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